segunda-feira, 19 de março de 2012

domingo, 11 de março de 2012

mythos e logos

MOYERS: Não há dúvida de que nós, homens modernos, estamos despindo o mundo de suas revelações naturais, da própria natureza. Penso naquela lenda pigméia do menino que encontra na floresta um pássaro de belo canto e leva o para casa.

CAMPBELL: Ele pede ao pai que traga alimento para o pássaro, mas este lhe diz que não pretende alimentar um simples pássaro, e o mata. A lenda diz que o homem matou o pássaro, com o pássaro matou a música e com a música matou se a si mesmo. Caiu morto, completamente morto e morto permaneceu para sempre.

MOYERS: Isso não é uma história sobre o que acontece quando seres humanos destroem seu ambiente? Destroem seu mundo? Destroem a natureza e as revelações da natureza?

CAMPBELL: Destroem sua própria natureza, também. Matam a música.

MOYERS: A mitologia não é a história dessa música?

CAMPBELL: A mitologia é a música. É a música da imaginação, inspirada nas energias do corpo. Uma vez um mestre zen parou diante de seus discípulos, prestes a proferir um sermão. No instante em que ele ia abrir a boca, um pássaro cantou. E ele disse: “O sermão já foi proferido”.


o óbvio é cegueira. se podes ver, então olha

"A fonte da filosofia é a admiração e  o espanto" 
 Platão

"A filosofia nasce do nosso espanto acerca do mundo e da nossa própria existência, que se impõem ao nosso intelecto como um enigma, cuja solução não cessa, desde então, de preocupar a humanidade"
Schopenhauer

"Filosofar é reaprender a ver o mundo"
Merleau Ponty